DIÁLOGO EM PAULO FREIRE:
fundamentos e implicações da práxis educativa
Resumo
O artigo analisa a centralidade do diálogo no pensamento de Paulo Freire e discute suas implicações para o trabalho pedagógico na escola. A partir de um estudo teórico-bibliográfico das obras de Freire e de interlocutores como Shor, Faundez, Macedo e Gadotti, delimita o diálogo como exigência existencial e como práxis (unidade ação–reflexão), contrapondo-o à educação bancária e à lógica vertical da extensão. O texto identifica elementos constitutivos do diálogo – fé nas pessoas, amorosidade, humildade, confiança, esperança e pensar verdadeiro – e explicita a tensão formativa entre autoridade e liberdade, defendendo uma autoridade amorosa que cria condições para o exercício da autonomia. No plano didático, argumenta que o diálogo reorganiza currículo, avaliação e gestão da aula ao articular saberes sistematizados às experiências dos educandos e ao território, orientando a seleção de conteúdos pelo sentido social e pela problematização do real. Em perspectiva institucional e comunitária, sustenta que os sujeitos do diálogo são plurais (estudantes, docentes, equipes escolares, famílias e comunidade), o que demanda processos decisórios democráticos e comunicação horizontal. Conclui que o diálogo, como prática de esperançar e projeção do inédito-viável, é princípio organizador de uma educação crítica, libertadora e comprometida com a democratização da vida social e escolar.
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