A RELAÇÃO ENTRE A PRESENÇA DE ANTIMICROBIANOS EM MATRIZES AMBIENTAIS E OS RESERVATÓRIOS AMBIENTAIS DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS RESISTENTE À METICILINA (MRSA)

Autores

  • Leandro Fonseca de Lima Universidade Federal de Goiás
  • Jamira Dias Rocha Universidade Estadual de Goiás
  • Isabela Náthaly Machado da Silva Universidade Estadual de Goiás
  • Náthala Maria Simão Universidade Estadual de Goiás
  • Gisele Augusto Rodrigues de Oliveira Universidade Federal de Goiás
  • Elisa Flávia Luiz Cardoso Bailão Universidade Estadual de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.31668/za716132

Palavras-chave:

Resistência antimicrobiana, Saúde Única, Segurança hídrica

Resumo

O uso indiscriminado e excessivo de antimicrobianos resulta em contaminação ambiental, o que leva à exposição contínua de microrganismos a concentrações subterapêuticas desses medicamentos. Isso promove o surgimento de cepas bacterianas resistentes a antibióticos, incluindo Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA), representando uma preocupação significativa para a Uma Só Saúde. A resistência antimicrobiana é um problema global crítico que afeta humanos, animais, plantas e o meio ambiente. Inicialmente, MRSA estava confinada a instalações hospitalares, sendo considerada um dos patógenos nosocomiais mais prevalentes. No entanto, nas últimas décadas, novos clones de MRSA evoluíram para uma ameaça significativa, causando infecções não apenas adquiridas em hospitais, mas também invadindo a comunidade, infectando pessoas sem fatores de risco predisponentes e surgindo na pecuária. A prevalência e a epidemiologia de MRSA estão mudando constantemente, com novos clones de MRSA aparecendo em diferentes regiões geográficas. Portanto, MRSA pode causar extensa morbidade, mortalidade e ônus econômico na medicina humana e veterinária. Nesse sentido, esta revisão narrativa tem como objetivo destacar que esse ciclo de contaminação por MRSA, envolvendo hospitais, comunidade e animais (selvagens e de criação), é um problema crescente para a Uma Só Saúde, potencializado pela presença crescente de antimicrobianos em matrizes ambientais.

Biografia do Autor

  • Leandro Fonseca de Lima, Universidade Federal de Goiás

    Doutorando em Genética e Biologia Molecular pela Universidade Federal de Goiás, mestre em Genética e Biologia Molecular pela Universidade Federal de Goiás (2025), especialista em Docência Universitária pela Faculdade Araguaia (2022) e graduado em Ciências Biológicas pela Faculdade Araguaia (2011).

  • Jamira Dias Rocha, Universidade Estadual de Goiás

    Graduada em Licenciatura em Ciências Biológicas (2014) e especialista em Ordenamento Ambiental e Desenvolvimento Sustentável pela Universidade Estadual de Goiás- Campus Iporá (2017). Mestra (2020) e Doutora (2022) em Recursos Naturais do Cerrado (Renac) pela Universidade Estadual de Goiás - Campus Henrique Santillo. Tem experiência em Analises Clinicas, Gestão de Resíduos Sólidos, Toxicidade de plantas medicinais, Cultura de células e Ensaios de citogenotoxicidade (CometChip, ensaio cometa e teste do micronúcleo utilizando medula óssea de roedores, sangue total humano e linfócitos). Realizou estágio Pós-Doutoral na Universidade Estadual de Goiás (FIXAÇÃO DE JOVENS DOUTORES NO BRASIL), atuando na caracterização molecular de Staphylococces aureus resistentes a meticilina (MRSA) e colaborando em projetos relacionados a Mutagênese Ambiental, a Genética Toxicológica Aplicada e ao Reparo de DNA (2023-2025). Atualmente é membro da Associação Brasileira de Mutagênese e Genômica Ambiental (MutaGen-Brasil).

  • Isabela Náthaly Machado da Silva, Universidade Estadual de Goiás

    Graduada em Farmácia pela Universidade Estadual de Goiás (UEG) Anápolis, GO (agosto de 2018 a agosto de 2023). Especialista em Farmácia Clínica e Prescrição Farmacêutica e Saúde Pública: Política, Planejamento e Gestão pela Faculdade Anhanguera (AVA), ambas concluídas em 2025. Atualmente, é mestranda no Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais do Cerrado (PPGRENAC) da UEG Anápolis, GO, desenvolvendo o projeto intitulado Potencial ecotoxicológico de metronidazol e de seu principal produto de transformação no ambiente aquático.

  • Náthala Maria Simão, Universidade Estadual de Goiás

    Bióloga licenciada pela Universidade Estadual de Goiás (UEG), com conclusão em fevereiro de 2023. Mestre em Recursos Naturais do Cerrado (PPG-RENAC/UEG), na área de Ecotoxicologia e Educação Ambiental, título obtido em fevereiro de 2025. Atualmente é doutoranda no mesmo programa (PPG-RENAC), desenvolvendo pesquisas na área de Ciências Ambientais e Educação Ambiental.

  • Gisele Augusto Rodrigues de Oliveira, Universidade Federal de Goiás

    Possui graduação em Farmácia-Bioquímica pela Universidade Federal de Alfenas (2007), Mestrado (2010) e Doutorado (2013) em Ciências com área de concentração em Toxicologia pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo (FCFRP/USP). Realizou estágio na Unidad de Toxicología Experimental y Ecotoxicología (UTOX), localizado no Parc Científic de Barcelona (2011). Tem Pós-doutorado (2013) em Toxicologia também pela FCFRP/USP, com enfoque no estágio embrio-larva de zebrafish como modelo alternativo. Atualmente ocupa o cargo de Professora Adjunta C - nível 4, na Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Goiás (FF/UFG) e é membro permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas (PPGCF) da FF/UFG, atuando na seguinte linha de pesquisa: Métodos alternativos para a avaliação da toxicidade de compostos químicos, com enfoque no modelo embrio-larval de zebrafish (Danio rerio). Coordenadora do Laboratório de Pesquisa em Toxicologia Ambiental (EnvTox). Tem experiência em avaliação de risco e no estabelecimento de limites de exposição diária permitida (PDE) de insumos farmacêuticos ativos (IFAs) com base em saúde e avaliação toxicológica de dispositivos médicos, atuando na prestação de serviço para o ramo industrial na área de Fármacos e Medicamentos e de Serviços de Saúde.

  • Elisa Flávia Luiz Cardoso Bailão, Universidade Estadual de Goiás

    Doutora em Patologia Molecular pela Universidade de Brasília (2014), com período sanduíche na University at Buffalo (EUA), Mestre em Biologia (2010) e graduada em Biomedicina (2007) pela Universidade Federal de Goiás. É docente da Universidade Estadual de Goiás desde 2011 e atua nos cursos de Farmácia e Biomedicina e nos PPGs em Recursos Naturais do Cerrado (Renac) e em Genética e Biologia Molecular (UFG). É membro da Aliança Tropical de Pesquisa da Água (TWRA, Tropical Water Research Alliance). Já foi Coordenadora Stricto Sensu da UEG (2015-2016) e vice-coordenadora do Renac (2018-2021). Foi orientadora da tese considerada a melhor da Área de Ciências Ambientais pelo Prêmio CAPES de tese - Edição 2025. Tem experiência com avaliações citogenotóxicas e ecotoxicológicas. Além disso, pesquisa a presença de bactérias multirresistentes, especialmente MRSA, em matrizes ambientais.

Publicado

2025-11-14