O PAPEL DO BAGAÇO DA CANA-DE-AÇÚCAR NA REDUÇÃO DA TOXICIDADE DO 2,4-D

Authors

  • José Augusto Siqueira-Castro Laboratório de Bioquímica e Genética, Instituto Federal Goiano - Rodovia Sul Goiana, Km 01, Zona Rural, Rio Verde, Goiás. CEP 75.901-970, Brasil
  • Cirley Gomes Araújo dos Santos Laboratório de Ecotoxicologia e Sistemática Animal, Instituto Federal Goiano - Rodovia Sul Goiana, Km 01, Zona Rural, Rio Verde, Goiás. CEP 75.901-970, Brasil
  • Vanessa Soares da Silva Laboratório de Mutagênese, Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Goiás, Brasil
  • Marcelino Benvindo-Souza Laboratório de Biotecnologia, Universidade Estadual de Goiás, Anápolis, Goiás. CEP 75113-610, Brasil; Laboratório de Biogeografia e Ecologia Aquática, Universidade Estadual de Goiás, Anápolis, Goiás. CEP 75113-610, Brasil
  • Rinneu Elias Borges Laboratório de Zoologia, Universidade de Rio Verde - UniRV, Fazenda Fontes do Saber, Rio Verde, Goiás. CEP 75901-970, Brasil
  • Lia Raquel de Sousa Santos Laboratório de Ecotoxicologia e Sistemática Animal, Instituto Federal Goiano - Rodovia Sul Goiana, Km 01, Zona Rural, Rio Verde, Goiás. CEP 75.901-970, Brasil

Abstract

O ácido 2,4-diclorofenoxiacético (2,4-D) é o segundo herbicida mais utilizado no Brasil e já foi demonstrado que esse composto químico tem o potencial ecotoxicológico. No entanto, não há estudos que avaliem a eficiência do bagaço de cana-de-açúcar como redutor do potencial impacto do herbicida 2,4-D sobre organismos do solo, especialmente as minhocas. Dessa forma, este estudo teve como objetivo avaliar se o bagaço de cana-de-açúcar, associado à terra, pode reduzir a disponibilidade do 2,4-D no solo e minimizar possíveis danos mutagênicos, além de alterações na biomassa de minhocas (Eisenia andrei). Para isso, Eisenia andrei foram expostas durante 14 dias a duas concentrações do herbicida (4 e 12 µg/L de 2,4-D) em solos com diferentes proporções de bagaço de cana (0, 25, 75 e 100%). Em geral, os resultados não indicaram diferenças significativas na biomassa nem na frequência de micronúcleos entre as concentrações de 2,4-D em relação ao controle. O que indica uma relação com o fato das concentrações testadas serem consideradas ambientalmente relevantes. Portanto, mais estudos são encorajados, especialmente com concentrações mais elevadas e a aplicação de outros biomarcadores para complementar as análises.

Author Biographies

  • José Augusto Siqueira-Castro, Laboratório de Bioquímica e Genética, Instituto Federal Goiano - Rodovia Sul Goiana, Km 01, Zona Rural, Rio Verde, Goiás. CEP 75.901-970, Brasil

    Bacharel em Ciências Biológicas e mestrando em Biodiversidade e Conservação. Tenho como preferências de estudo as áreas de genética de populações e ecologia. Atualmente trabalho com Genética da Conservação no Laboratório de Genética e Bioquímica localizado no Instituto Federal Goiano, Campus Rio Verde.

  • Cirley Gomes Araújo dos Santos, Laboratório de Ecotoxicologia e Sistemática Animal, Instituto Federal Goiano - Rodovia Sul Goiana, Km 01, Zona Rural, Rio Verde, Goiás. CEP 75.901-970, Brasil

    Licenciada em Ciências Biológicas (2019) e Mestre em Biodiversidade e Conservação (2021) pelo Instituto Federal Goiano - Câmpus Rio Verde. Atualmente é docente de nível superior no Centro Universitário de Iporá (UNIPORÁ) e doutoranda em Biodiversidade pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - Campus São José do Rio Preto. Tem interesse em ecotoxicologia animal e biologia da reprodução, com ênfase em biomarcadores morfológicos

  • Vanessa Soares da Silva, Laboratório de Mutagênese, Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Goiás, Brasil

    Bacharel em Enfermagem pela Universidade de Fortaleza (2011) e Biomedicina pelo Centro Universitário Christus (2021). Especialização em Enfermagem Obstétrica pela Universidade Estadual do Ceará (2013). Possui experiência em sala de parto, assistência de urgência e emergência materno-infantil no Hospital Distrital Gonzaga Mota de Messejana (2011-2013); Urgência e emergência no Medical Center na Mediterranean Shipping Company (Caribbean cruise / 2014-2015); Responsável técnica e Diretora da Clínica Magnifiqué (2016-2020). Membro da Liga de Genética da Universidade Federal de Goiás (2019-2023). Mestra em Genética e Biologia Molecular pela Universidade Federal de Goiás ( 2024). Doutoranda em Ciências Ambientais ( Atualmente).Atuação na área de Genotoxicidade, Mutagenicidade, Polimorfismos e Genética de População. Docente da Faculdade de Anicuns no Hospital das Clínicas da UFG (2024).

  • Marcelino Benvindo-Souza, Laboratório de Biotecnologia, Universidade Estadual de Goiás, Anápolis, Goiás. CEP 75113-610, Brasil; Laboratório de Biogeografia e Ecologia Aquática, Universidade Estadual de Goiás, Anápolis, Goiás. CEP 75113-610, Brasil

    Biólogo (CRBio: 104309/04-D), licenciado em Ciências Biológicas pelo Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA) e em Pedagogia pelo Centro Universitário Internacional (UNINTER). Mestre em Biodiversidade e Conservação pelo Instituto Federal Goiano (IF Goiano), campus Rio Verde, Goiás. Doutor em Ciências Ambientais pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Atualmente é pós-doutorando no Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais do Cerrado (RENAC) da Universidade Estadual de Goiás (UEG), Anápolis. Colaborador do Laboratório de Ecotoxicologia e Sistemática Animal (IFGoiano, Rio Verde), Laboratório de Biotecnologia e Laboratório de Biogeografia e Ecologia Aquática (UEG, Anápolis). Possui experiência e interesse em pesquisas na área de ecotoxicologia, com foco em biomarcadores de genotoxicidade, mutagenicidade e histopatologia em múltiplos táxons. Além disso, estudo a ecologia e conservação de morcegos há mais de 14 anos.

  • Rinneu Elias Borges, Laboratório de Zoologia, Universidade de Rio Verde - UniRV, Fazenda Fontes do Saber, Rio Verde, Goiás. CEP 75901-970, Brasil

    Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Mestre em Produção Vegetal. Doutor em Biologia Animal (UNESP). Atualmente é Professor na Universidade de Rio Verde (UniRV). Orientador do PIBID. Tem experiência na área de Zoologia, com ênfase em Herpetologia e Ecotoxicologia animal. Trabalha nos seguintes temas: ecologia, ecotoxicologia animal, morfologia, vertebrados e invertebrados como modelos de estudo.

  • Lia Raquel de Sousa Santos, Laboratório de Ecotoxicologia e Sistemática Animal, Instituto Federal Goiano - Rodovia Sul Goiana, Km 01, Zona Rural, Rio Verde, Goiás. CEP 75.901-970, Brasil

    Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2002), Mestrado (2006) e Doutorado (2010) em Biologia Animal pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Atualmente é professora efetiva (DIV nível 3) do Instituto Federal Goiano (IFGoiano) e Gerente de Ensino de Graduação do IF Goiano, campus Rio Verde. Coordena o subprojeto Biologia do Programa Residência pedagógica. Tem experiência nas áreas de Zoologia e Ecotoxicologia Animal.

Published

2025-12-11

Issue

Section

Artigos